segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Reflexões sobre um "Carpe Diem" Interpessoal

Bom dia, amigos.

Segue um post um pouco mais filosófico, mas que ainda tece relações com o mundo das finanças/desenvolvimento pessoal.




Confesso que nunca fui um adolescente badalado: recentemente, estudando sobre a Adolescência, pude constatar que foi um ciclo de vida bem atípico, no meu caso, pois tive um amadurecimento muito rápido e não vivenciei de forma significativa boa parte dos conflitos dessa fase. Inclusive, o marco para o fim da adolescência é justamente a independência financeira perante aos familiares, ou seja, no mundo de hoje temos diversos adolescentes de 25-30 anos, tendo em vista que ainda dependem dos pais.

Por incrível que pareça, o meu auge de carga horária de estudos foi durante o ensino médio. 10 anos a mais nas costas fazem diferença, meus caros. Lembro-me de conseguir estudar, tranquilamente, 8-9 horas diárias líquidas, durante a semana, chegando a bater 10-12h nos finais de semana. Isso durante a parte do ensino médio que eu cursei 2,5 anos (consegui  a aprovação na Eng federal antes de terminá-lo).

Obviamente, isso ocorreu em detrimento da minha "juventude". Nesses anos, lembro-me de ter ido ao shopping coisa de 2-3x, e isso não era um problema. Estudar me deixava muito feliz, sem falar que sempre cuidei do corpo, e de vez em quando surgiam umas coleguinhas. Lógico que pouco (2/ano) , comparado à média dos amigos que iam para festas (nunca curti muito).

Ontem, estava refletindo sobre as minhas "aventuras", que ocorreram principalmente no começo da Engenharia, apesar da minha tendência de engatar sucessivos namoros. São poucas, contudo memoráveis e renderiam uma boa história para os filhos/netos. Confesso que bate um ar de saudosismo, fazendo-me repensar a possibilidade de religar o modo "Carpe Diem" horaciano, enquanto a idade não chega e as oportunidades são muitas.


O problema é que esse estilo de vida é solitário, apesar de ser possível ter sempre companhia. Percebo que há uma crescente inversão no carinho/amor. Antigamente, era bem mais valorizado o cara que se importava com o prazer da mulher, ligava no dia seguinte, dava uma simples e memorável rosa. Hoje em dia, o cara que ainda pensa em fazer isso precisa ter muita cautela, senão é taxado de "trouxa", enquanto os "noias" fazem sucesso. Os escudos para os sentimentos estão muito mais fortificados.

Ademais, é um estilo de vida caro, especialmente para quem curte fazer uma presença com a mulher, preparando/pagando um bom jantar ou saindo com mais de uma por semana. E acreditem, a Medicina está sendo dominada por mulheres, então, vive-se um ar de tentação 24/7, quando a relação M/H média é de 4:1. Um amigo meu, também investidor, confessou que certamente demoraria bem mais para alcançar a  IF, se estivesse no meu lugar e solteiro (kkkk), devido à dificuldade de sustentar uma vida frugal. Realmente,  parece ser uma opinião comum que estar em um relacionamento sério tende a ser favorável para os crescimentos pessoal/financeiro.

E vocês, amigos?
O que acham disso?
Muita história para contar?

Forte abraço

4 comentários:

  1. Ambos os lados são caros. Houve blogs que contaram sobre isso, o Roger da Cidadezinha, O Kraft (Aspirante Alfa). Provam que não vale a pena abandonar a IF.

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    1. Com certeza não vale a pena abandonar a IF! Acabei me expressando um pouco mal. O comentário do meu amigo foi no sentido de a carne ser fraca,e a IF acabaria indo pro saco.

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  2. Primeiramente, parabéns pelo blog! Se não seria muito incômodo, poderia dizer de onde tira os aportes da sua carteira? Pois vi que trabalha, porém também faz medicina em tempo integral, o que é quase impossível senão impossível conciliar ambos. Faz alguns freelances ou algo assim?
    Pergunto pois para uma pessoal nova o seu patrimônio é invejável. Parabéns!

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    1. Olá, amigo!

      Obrigado por acompanhar o blog! Os aportes da minha carteira são derivados de trabalhos autônomos que faço no âmbito da engenharia, além de pagamentos de empréstimos feitos a familiares/amigos.Confesso que é muito difícil conciliar ambos, não muito pelo fator tempo, e sim pela sobrecarga emocional. O blog é, inclusive, uma forma de deslocar essa tensão. Com certeza, em algum ponto do curso terei que cessar os aportes ou até talvez parar de reinvestir o meu rendimento na carteira, investindo-o na minha formação como médico.

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